segunda-feira, 30 de abril de 2012

CAMPANHA DO BEC NA SÉRIE C - 1994

Equipe do Batel-PR e o árbitro Carlos Simon (com a bola)

Na temporada de 1994, o Blumenau Esporte Clube participou do Campeonato Brasileiro da Série C.  A equipe tricolor esteve inserida no Grupo 11 com Batel-PR, Figueirense e Joinville. O desempenho foi muito ruim. Três equipes classificaram-se para a segunda fase. O BEC ficou em quarto e foi eliminado.

Na partida contra o Batel, no estádio Aderbal Ramos da Silva, o árbitro foi o gaúcho Carlos Eugênio Simon.

19/9/1994 - Blumenau 1 x 1 Joinville (gol de Tadeu)
26/9/1994 - Batel 1 x 0 Blumenau
3/10/1994 - Blumenau 1 x 2 Figueirense (gol de Renato Martins)
6/10/1994 - Joinville 0 x 0 Blumenau
10/10/1994 - Blumenau 0 x 1 Batel
16/10/1994 - Figueirense 3 x 1 Blumenau (gol de Everaldo)

Foto: blog do Dirceu Pato

sábado, 28 de abril de 2012

A PRIMEIRA VEZ

Estádio do Olímpico: Palmeiras e Botafogo em 1947

Desde 1919, o Blumenau enfrentou  os mais diferentes adversários. Houve jogos contra adversários dos mais diferentes níveis. Do grande Flamengo-RJ até o time amador Santa Tereza de Joaçaba. Do rival Olímpico ao desconhecido Miguelão, de São Miguel do Oeste. Independentente da qualidade do adversário, sempre houve a primeira vez.

Neste artigo, relacionamos o primeiro confronto do BEC contra alguns tradicionais clubes de Santa Catarina e também com os quatro principais times do Rio de Janeiro.

Não conseguimos, por enquanto, o registro conclusivo dos primeiros jogos contra Marcílio Dias, Olímpico, Almirante, Barroso, Hercílio Luz, América e Caxias de Joinville.

Olímpico -No dia 12 de dezembro de 1920, em partida disputada no campo da Sociedade Ginástica, o Brasil goleou o Blumenauense (primeiro nome do Olímpico) por 6 a 1. Na preliminar, o aspirantes time de também atropelou: 4 a 0. Total do dia: Brasil 10 x 1 Blumenauense.

Avaí - No dia 15 de janeiro de 1928, em Florianópolis, o Brasil (primeiro nome do BEC) enfrentou o clube azurra decidindo o título estadual. Vitória avaiana por 3 a 2.

Figueirense - O primeiro duelo também decidiu o título estadual. O Brasil venceu por 2 a 1, no estádio Adolfo Konder, em Florianópolis. Sob a alegação de irregularidade na inscrição do atleta blumenauense José, a Federação Catarinense de Desportos (FCD - atual FCF) anulou a partida. Novo jogo e vitória alvinegra por 7 a 3.

Chapecoense - No dia 24 de novembro de 1974, em jogo da primeira rodada da segunda fase, o Palmeiras foi até Xaxim e perdeu de 4 a 1 para a Chapecoense. No jogo de volta, em Blumenau, houve empate de 1 a 1.

Joinville - A boa equipe do Palmeiras em 1976 venceu por 1 a 0 o primeiro confronto contra o Joinville. A partida disputada no dia 25 de abril, no estádio Aderbal Ramos da Silva.

Criciúma - O primeiro confronto ocorreu no dia 12 de junho de 1966, no estádio Heriberto Hülse, quando os dois clubes ainda tinham a denominação Palmeiras e Comerciário. Vitória criciumense por 2 a 1. No returno do Estadual, o alviverde devolveu o mesmo placar.

Metropol - Duplo 4 a 1. Esta é a história do primeiro confronto entre o Palmeiras e o lendário Metropol. Em Criciúma, no dia 19 de março de 1961, pela fase semifinal do campeonato estadual, o time blumenauense perdeu de 4 a 1. No returno, em Blumenau, o Metropol repetiu o placar. Não era tarefa fácil segurar o time de Dite Freitas.

Brusque FC- O empate de 1 a 1 é o placar do primeiro confronto contra o rival. A partida foi realizada no dia 10 de abril de 1988, pelo Campeonato Estadual, no Augusto Bauer, em Brusque.

Araranguá - A partida de estréia do Blumenau na Segunda Divisão do Estadual, dia 11 de maio de 1986, registrou o primeiro confronto com o time sulino. O jogo foi realizado no estádio Aderbal Ramos da Silva.

Flamengo-RJ - No dia 30 de julho de 1985, o Blumenau venceu o Flamengo por 1 a 0. Este primeiro jogo entre os dois clubes foi um amistoso disputado no estádio do Sesi. O gol foi de Mário, aos 17 minutos do segundo tempo. Para ver a grandeza do triunfo blumenauense, veja a escalação do time carioca: Zé Carlos, Jorginho (Aílton), Leandro, Mozer, Adalberto, Andrade, Élder, Zico, Tita, Bebeto, Paulo Henrique (Chiquinho).

Fluminense-RJ - O empate sem gols no estádio do Sesi, dia 6 de dezembro de 1981, marcou o primeiro jogo contra o time do Rio de Janeiro. Foi primeira vez que o Fluminense jogava em Blumenau.

Botafogo-RJ - O Blumenau enfrentou quatro vezes o Botafogo do Rio de Janeiro. Na primeira, quando ainda chamava-se Palmeiras, ocorreu a vitória do time carioca por 4 a 1. O jogo foi disputado dia 27 de março de 1947, no estádio da Baixada (G.E. Olímpico).

Vasco da Gama-RJ - No dia 8 de dezembro de 1983, o Vasco da Gama superou o Blumenau por 4 a 0. O atacante Roberto Dinamite era a grande atração vascaína.

Foto: revista Esporte Ilustrado

sexta-feira, 27 de abril de 2012

A BATALHA DO ESTREITO

Goleiro Evelton: perfeito
Em 1987, o Blumenau sagrou-se campeão catarinense da Segunda Divisão. O jogo decisivo entre Figueirense e Blumenau, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis foi chamado pelo jornalista André Rohde, do Diário Catarinense, como "A Batalha do Estreito" (nome do bairro onde está situado o estádio time alvinegro).

Ele fez uma abordagem focando o Figueirense, mas que também serve para o Blumenau, pois elogia a grande atuação do goleiro Evelton.

Leia a íntegra do texto:

"O Estreito viveu uma sexta-feira histórica, que ficará para sempre na memória dos torcedores que foram ao Scarpelli. Parecia uma batalha medieval. Depois de uma chuva forte - que inundou as ruas da cidade - que entram em campo e atiram bolas para a galera. Albeneir queria matar o Blumenau. Sérgio Gil mordia os dentes, Aláercio a grama e Amarildo brgava com os gandulas que atrasavam.

No banco de reservas, toda a humildade dos dois técnicos de um só time. Pinga calmo, pensativo, de camisa floreada e agarrado no suporte do telhado. casagrande, de bermuda e camiseta aberta, estava mais nervoso e falava o tempo inteiro.

Há muito o estádio não via tanta gente. os alvinegros molhados, com o radinho no ouvido e segurando o guarda-chuva com o ombro. Gente pobre que guardou o dinheiro para assistir a decisão.

Foi um jogo nervoso. E mais uma vez vo Figueira sofreu com o tabu. Perdeu uma decisão no Scarpelli e debaixo de chuva. dessa vez parou no goleirão Evelton - que está emprestado ao Blumenau pelo Criciúma - e buscava a inspiração cada vez que seu time atacava.

Com a bola longe, na entrada da sua área, le olhava para o céu e rezava. Foi o carrasco do Figueirense, que não ganhou o título, mas ganhou a torcida. Em 88, na Primeira Divisão, ela certamente será ainda mais fiel."

Foto e fonte: reprodução DC


quinta-feira, 26 de abril de 2012

DIA DO GOLEIRO

Goleiro Braulino
Hoje é o Dia do Goleiro. Portanto, momento para recordar e desta maneira homenagear alguns nomes que vestiram a camisa do Blumenau Esporte Clube.

Começamos citando alguns goleiros do Brasil e Palmeiras, antigos nomes do BEC. O primeiro deles foi Ernani, que no dia 21 de setembro de 1919 atuou na partida de estréia do clube. Vitória de 4 a 2 sobre o Tamandaré, time do Colégio Santo Antônio (carinhosamente chamado de Colégio dos Franciscanos).

Outros nomes vestiram a camisa alviverde, tais como Orlando Neves, Mahr, Arnaldo, Miguel, Juca, Adalberto, Jorge (será que foi daí que surgiu o nome do autor do blog?), Wandeir, Tico, Valdir Appel e muitos outros até chegar a Era BEC.

O primeiro goleiro do Blumenau foi Nílson, que vestiu a número um no dia 31 de agosto de 1980. Ele alternou a titularidade até o final da temporada com o Alexandre Borini, ex-Grêmio-RS. O jovem Arruda atuou apenas contra o Joinville, no Ernestão, depois que Borini foi expulso.

Depois deles, o Blumenau teve Juramir, Álvaro, Jurandir, Juarez, Galina, Carlos Alberto, Francis, Evelton, Walter, Leandro, Braulino, Leonetti, Sadi, Alexandre Junior, Paulinho, Alberti, Marcelo, Dagoberto, Nivaldo. São muitos, alguns não foram citados aqui, os goleiros que defenderam as cores tricolores.

Um caso curioso ocorreu em 1986. O goleiro Ludovico (Francisco Ludwig) foi assunto em jornais, emissoras de rádios e TVs. Ele solicitou que fosse chamado de outra maneira. "Ludovico não é nome de goleiro", declarou aos jornalistas e radialistas. "Agora podem me chamar de Francis", afirmou. Deu certo! Ele entrou para a história do clube como o goleiro Francis.

Parabéns a todos os goleiros, especialmente todos os que vestirama a camisa do BEC!

Foto: Súmulas Tchê e blog Memória Avaiana

quarta-feira, 25 de abril de 2012

BLUMENAU: CAMPEÃO DA TAÇA ACESC 1986

Goleiro Carlos Alberto em ação contra o Paysandu

A primeira edição do Campeonato Catarinense da Segunda Divisão foi realizada em 1986 com a participação de 11 clubes. Um deles foi o Blumenau Esporte Clube. A competição foi disputada em quatro fases, onde o vencedor recebia uma taça oferecida pela Federação Catarinense de Fuebol.

Ao vencedor do Grupo A da primeira fase era ofertada a Taça Acesc - Associação dos Cronistas Esportivas de Santa Catarina. Ela foi conquistada de forma invicta e incontestável pelo Blumenau.

A equipe tricolor obteve sete vitórias e três empates nos 10 jogos realizados. Destaque para o atacante Chicão, que definitivamente abandonou a função de zagueiro, autor de 10 gols sendo o principal goleador da Taça Acesc.

Na partida que decidiu o título da primeira fase, o estádio Aderbal Ramos da Silva recebeu um público de 1.758 pagantes. A vitória de 2 a 0 sobre o Paysandu, com dois gols de Chicão, fez a torcida comemorar de forma confiante no acesso ao final do campeonato, que infelizmente não ocorreu. Na final da Segundona, o Paysandu sagrou-se campeão.

A equipe base do Blumenau: Carlos Alberto, Antônio Augusto, Dema, Marinho e Lima; Sony, Alaor, Vanderlei e Milico;  Cide e Chicão. Técnico: Acosta.


DATA





ESTÁDIO
11/5/1986
Blumenau
3
x
2
Araranguá
Aderbal Ramos da Silva
18/5/1986
Blumenau
1
x
0
Tiradentes
Sebastião Vieira Peixoto
25/5/1986
Blumenau
4
x
0
Laguna
Aderbal Ramos da Silva
1º/6/1986
Blumenau
1
x
1
Paysandu
Cônsul Carlos Renaux
8/6/1986
Blumenau
3
x
1
Flamengo
Ressacada
15/6/1986
Blumenau
0
x
0
Araranguá
Grêmio Fronteira
22/6/1986
Blumenau
1
x
1
Tiradentes
Aderbal Ramos da Silva
29/6/1986
Blumenau
1
x
0
Laguna
João Wendhausen Moares
6/7/1986
Blumenau
2
x
0
Paysandu
Aderbal Ramos da Silva
13/7/1986
Blumenau
2
x
1
Flamengo
Aderbal Ramos da Silva


Foto: Alaércio Elias (JSC)

terça-feira, 24 de abril de 2012

HOJE É DIA DE BEC

Torcida tricolor colorindo as arquibancadas do Sesi

O documentário Hoje é Dia de BEC, dirigido por Wilson Floriani, será exibido nesta quarta-feira, dia 25 de abril, na mostra do jornalista Fernando Arteche (das 8h30 às 11h - auditório do Bloco J da Furb) do Festival de Cinema de Blumenau.

A produção Hoje é Dia de BEC, produzido em 2010, traz um pouco da história do Tricolor da Alameda e tem a dureção de 15 minutos. Inclui entrevistas com Adalberto Jorge Klüser (editor do blog Memorial do  BEC), Adalberto Day, Edmilson "Mito" Nascimento e Valdir da Luz.

O título do documentário faz referência a uma manchete do jornal O Estado, de Florianópolis, do dia 31 de agosto de 1980: "Hoje é Dia de Blumenau Esporte Clube". Nesta data. o BEC entrou em campo pela primeira vez e venceu o Joaçaba por 1 a 0.

Ficha Técnica 
Tíulo: Hoje é dia de BEC (15 minutos, 2010)
Roteiro e Direção: William Floriani
Assistência de Direção: José Manuel Sappino
Produção William Floriani e Clara Mendes
Assistência de Produção: Chico Nascimento
Fotografia: Eduardo Guerreiro
Edição e Montagem: William Floriani
Som Direto e Edição de Som: Renan Ramos Rocha
Making Of: Chico Nascimento
Entrevistados: Edemilson 'Mito' Nascimento, Adalberto Day, Adalberto Jorge Klüser e Valdir da Luz.
 
Agradecimentos: Amigos do BEC
Foto: Leandro Izidoro/Becnet

segunda-feira, 23 de abril de 2012

AMISTOSO: BLUMENAU 2 X 2 ATLÉTICO-PR - 1986

Atletas Lima, Cide, Toninho e Vanderlei enfrentaram o Atlético-PR

Visando a participação no campeonato catarinense da Segunda Divisão, em 1986, o Blumenau realizou uma série de amistosos. Dois foram contra o Atlético Paranaense, campeão do Paraná em 1985.

No primeiro confronto, disputado no dia 26 de março no estádio Joaquim Américo (atual Arena da Baixada), em Curitiba, vitória atleticana por 3 a 0.

As equipes voltaram a se enfrentar cinco dias mais tarde no estádio Adernal Ramos da Silva, em Blumenau. O empate em dois gols foi justo pelo desempenho apresentando durante a partida. O BEC atuou desfalcado de Píter e Vargas que estavam lesionados e Pastoril havia sido liberado.

Ficha Técnica
Blumenau 2 x 2 Atlético Paranaense
Data: 1º/abril/1986
Motivo: Amistoso interestadual
Árbitro: Allan Giovani Abre da Silva
Assistentes: Nelson Schmidt e Martin Lino Muller
Blumenau - Carlos Alberto, Antônio Augusto, Alberi, Dema e Lima; Marinho Indaial, Vanderlei e Marinho II; Toninho (Miltinho), Cide (Dirceu) e Zezé.
Atlético Paranaense - Marola, Bruno (Gilson Bonfin), Marcão, Nenê e Sérgio Moura; Detti, Cristóvão Borges (Nivaldo), Camargo, Romário e Joãozinho.
Gols: Romário (2) para o ATlético; Alberi e Lima para o BEC.

Foto: José Werner (reprodução Jornal de Santa Catarina)

RETROSPECTO: BLUMENAU X ALTO VALE

Estádio Alfredo João Krieck (Rio do Sul)
A proximidade entre as cidade de Blumenau e Rio do Sul facilitou o intercâmbio e também a rivalidade entre os times de futebol. 

O histórico de confrontos entre BEC (desde a época que denominava-se Brasil FC) e as equipes riosulenses vem desde a década de 1930.

Os primeiros jogos foram contra o Concórdia, hoje apenas um clube social. Depois, entre as décadas de 1950 e 1980, ocorreram grandes partidas, e outras nem tanto, entre Palmeiras e Juventus. Quando ainda não havia a rodovia  BR-470, as viagens eram feitas através de via ferroviária.

No duelo mais recente, o Blumenau enfrentou o Atlético Alto Vale, fundado em 21 de outubro de 1995. A história entre os dois clubes resulta em apenas quatro jogos, todos pelo campeonato catarinense, mas a rivalidade regional sempre esteve presente. Veja os resultados:

2/3/1997
Blumenau
0
x
1
Alto Vale
23/4/1997
Blumenau
0
x
0
Alto Vale
5/2/1998
Blumenau
2
x
1
Alto Vale
2/4/1998
Blumenau
1
x
1
Alto Vale


Foto: divulgação PMRS

sexta-feira, 20 de abril de 2012

A PRIMEIRA CAMISA DO BLUMENAU

Esta é a primeira camisa utilizada pelo Blumenau Esporte Clube. As cores verde e branca do Palmeiras, nome anterior do BEC, juntaram-se ao grená. Fabricada pela Hering ela trazia estampada a logomarca da empresa, algum incomum na época.

A adoção da cor grená foi uma tentativa de atrair torcedores do rival Olímpico (que abandonou o futebol profissional a partir de 1971) unindo as duas principais torcidas da cidade em prol de um clube em comum.

A camisa foi utilizada pela primeira vez no dia 31 de agosto de 1980, quando o Blumenau venceu o Joaçaba por 1 a 0, no estádio Aderbal Ramos da Silva. O gol foi marcado pelo ponta-direita Cabinho.

O uniforme era composto de camisa grená com uma faixa verde no peito. O calção e as meias eram verde.

Cabinho, autor do primeiro gol, vestiu a camisa 7

Equipe que derrotou o Joaçaba por 1 a 0 (31/8/1980)

Elenco do BEC em foto especial para a revista Placar

Fotos: JSC, Rafael Geovanesci dos Santos e Orestes Araújo/Placar).

quinta-feira, 19 de abril de 2012

AS CAMISAS DO BLUMENAU

O Memorial do BEC inicia hoje uma série de artigos sobre as camisas do Blumenau Esporte Clube. Para isso, teremos a colaboração especial do torcedor e colecionador Rafael Geovanesci dos Santos.

Vamos apresentar fotos de camisas - ilustrando com imagens de jogos - utilizadas pelo BEC desde 1980. Caso você também possua algum modelo diferente, foto ou outro material que possa ajudar a resgatar a história do clube, entre em contato com a gente.

Atenção!  Também aceitamos tudo relacionado ao Brasil FC, Recreativo Brasil ou Palmeiras. Muita gente esquece ou desconhece que estes são antigos nomes do Blumenau EC e não um de clube diferente.

Foto: Rafael Geovanesci dos Santos

MEU JOGO INESQUECÍVEL: ADALBERTO KLÜSER

Estou ali no meio da galera: "É campeão!"
O empate sem gols entre Figueirense e Blumenau, na decisão do Campeonato Catarinense da Segunda Divisão de 1987, é o Meu Jogo Inesquecível. Ele ocorreu no dia 4 de dezembro no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis.

Foi o único que assisti daquele campeonato. Eu trabalhava na Antena Um FM, de Florianópolis, e não conseguia folga nos dias em que havia jogos. Como a decisão entre Figueirense e Blumenau ocorreu numa sexta-feira à noite, consegui estar presente.

O estádio estava lotado. O público anunciado foi cerca de 7.930 pagantes, mas visualmente notava-se uns 15 mil torcedores. A chuva que caiu durante a partida não diminuiu o ritmo de atletas e torcedores. Um jogo bastante disputado e conquistado pelo melhor time da competição.
O Blumenau tinha o atacante Chicão, artilheiro do campeonato com 21 gols, e o Figueirense contava com Albeneir, autor de 20 gols. Era indício de muitos gols, mas o placar ficou inalterado. O grande responsável foi o goleiro Evelton, que em noite inspirada fechou o gol tricolor. Mesmo sendo um atleta jovem, não intimidou-se com a grande massa de torcedores no estádio.
Foi a melhor atuação de um goleiro que assisti até aquele dia. Estupendo, fantástico e milagroso! Uma atuação impecável dele, da defesa e de todo o time tricolor.

Quando o árbitro encerrou a partida, o Blumenau festejava o primeiro título de campeão estadual de sua história, iniciada em 19 de julho de 1919. Era da Segunda Divisão, mas não importava! O clube retornou à Primeira Divisão de forma magnífica.

Goleador Chicão nos braços da torcida

Comemorei com os torcedores e atletas no estádio. Alguns foram agredidos por torcedores (?) alvinegros. Eu mesmo, levei um soco traiçoeiro. O agressor bateu por trás e tentou fugir. Não dei bola, mas um colega blumenauense que viu a cena deu uma "voadora" atirando-o ao chão. Ele levantou-se e saiu em fuga. Continuamos a festejar. "É campeão! É campeão!"

Delegação e torcedores retornaram para Blumenau. Eu, em estado de total felicidade, fui para casa na Vila São João, na comunidade da Coloninha, em Florianópolis. Como a localidade era praticamente toda alvinegra, naquela semana pude "tirar onda" com muita gente.

Em pe: César, Luiz Carlos, Colonetti, Mauro Ovelha, Léo e Evelton
Agachados: Assis, Treze, Chicão, Eli, Fernandes

Ficha Técnica
FIGUEIRENSE 0 X 0 BLUMENAU
Data: 4/dezembro/1987 (Sexta-feira)
Local: Orlando Scarpelli (Florianópolis)
Motivo: Campeonato Catarinense - Segunda Divisão
Árbitro: Dalmo Bozzano
Assistentes: Antônio Rogério Osório e Pedro Coelho Ferreira
Público: 7.930 pagantes
Figueirense - Peçanha, Rocha (Wilson), Luiz Antônio, Meira, Assis, Alaércio, Marquinhos, Albeneir, Amarildo, Guilherme e Sérgio Gil (Toninho). Técnico: Pinga
Blumenau - Evelton, César, Mauro Ovelha, Léo, Colonetti, Luiz Carlos, Treze (Jorge Santos), Eli (Sony), Assis, Chicão e Fernandes. Técnico: Dito Cola.


Fotos: reprodução James Tavares (JSC), Silvio Ávila (DC)

quarta-feira, 18 de abril de 2012

PALMEIRAS TRICAMPEÃO!

No dia 13 outubro de 1979, nove meses antes de adotar o nome Blumenau Esporte Clube, o Palmeiras empatou por 1 a 1 com o Olímpico e sagrou-se tricampeão da Liga Blumenauense de Futebol Junior. A conquista sobre o tradicional rival ocorreu no estádio da Baixada.

A competição teve a participação de quatro equipes: Palmeiras Olímpico, XVde Outubro (Indaial) e Germer (Timbó).

No primeiro jogo da decisão, realizado no estádio Aderbal Ramos da Silva, o Palmeiras venceu por 2 a 1. Por isso, o empate no segundo confronto deu o título ao time alviverde.

O jogo decisivo despertou a atenção do torcedor blumenauense. O Olímpico, do técnico Altemir Antônio, tentou recuperar - sem sucesso - os pontos da primeira partida alegando irregularidade na atuação do atleta Carioca, do Palmeiras. O alto preço dos ingressos não foi bem aceito, mas um bom público assistiu a partida final.

Choveu muito nos dias que antecederam o jogo, por isso o gramado da Baixada não estava ideal para a prática de jogo tão importante. Melhor para o Palmeiras, do técnico Raimundo, que jogava pelo empate para ser campeão. Maurício marcou o gol do Palmeiras e Romeu, de pênalti, empatou para o time grená.

Os atletas palmeirenses que foram campeões: Ademir, Carioca, Arlindo, Célio, Célio Correa, César, Cabeção, Hélio, Jairzinho (viria a jogar no time profissional do BEC em 1982,1983 e 1986), Alexandre, Índio, Perinha, Galassini, Mário, Maurício, Nivaldo, Marinho, Grilo, Pedro, Rui, Luis e Beira.

Treinador: Raimundo
Massagista: Gil
Diretor do Departamento Amador: Ingomar Knaesel
Supervisor: Homero

Fonte: Diários Associados, Hélio José Martins, acervo Adalberto Klüser

segunda-feira, 16 de abril de 2012

PRIMEIRO CLÁSSICO DE BLUMENAU NO ESTADUAL

O futebol de Blumenau registra grandes clássicos envolvendo Palmeiras (Brasil), Olímpico (Blumenauense), Amazonas, Vasto Verde e Guarani. Mas poucos sabem que o confronto Brasil e Bom Retiro nas décadas de 1920 e 1930 provocava fortes emoções no torcedor local.

Fundado em 1926 no bairro homônimo, o Futebol Clube Bom Retiro tinha as cores preta e branca. Esteve entre os grandes clubes do Estado, realizando jogos locais e intermunicipais.

Em 1932, a cidade de Blumenau teve dois clubes inscritos no Campeonato Catarinense: Brasil (primeiro nome do Palmeiras EC/Blumenau EC) e Bom Retiro. No dia 11 de dezembro, houve o confronto eliminatório entre estas duas equipes. O vencedor disputaria a semifinal da competição contra o Brasil de Tijucas.

Um público numeroso assistiu o jogo disputado no campo da Sociedade Ginástica. O Brasil venceu o Bom Retiro por 4 a 1 e avançou para a semifinal.

Foi a única participação do Bom Retiro no Estadual. Na década de 1940, o clube participou da Segunda Divisão da Liga Blumenauense. Como tantos outros clubes de futebol da época, o clube alvinegro foi extinto na década de 1950.

Alguns amistosos do Bom Retiro
3/6/1927 - Bom Retiro 1 x 4 Brusquense (atual Carlos Renaux)
29/7/1928 - Tiradentes (Barra do Rio) 3 x 2 Bom Retiro
6/4/1930 - Brasil 5 x 3 Bom Retiro
4/5/1930 - Bom Retiro 3 x 2 Ypiranga (Encruzilhada)
22/3/1931 - Paysandu (Brusque) 3 x 3 Bom Retiro
26/4/1931 - Brusquense (atual Carlos Renaux) 7 x 4 Bom Retiro
8/11/1931 - Bom Retiro 2 x 7 Avaí (Florianópolis)
24/10/1931 - Bom Retiro 6 x 7 Concórdia (Rio do Sul)
10/8/1930 - Bom Retiro x Irineu Bornhausen FC (Itajaí) (placar não encontrado)
9/1/1932 - Bom Retiro 2 x 2 Caxias (Joinville)
17/1/1932 - América (Blumenau) 1 x 6 Bom Retiro
31/1/1932 - Victória 0 x 1 Bom Retiro
28/2/1932 - Germânia (Jaraguá do Sul) 2 x 3 Bom Retiro
13/3/1932 - Bom Retiro 5x 5 Blumenauese (Olímpico)
3/4/1932 - Blumenauense 1 x 0 Bom Retiro
2/4/1933 - Bom Retiro 2 x 1 Glória (Joinville)
4/9/1932 - Bom Retiro 3 x 3 Figueirense (Florianópolis)

Fontes: acervo de Adalbrto Klüser, Osny Meira e  jornal A Cidade de Blumenau

sábado, 14 de abril de 2012

SANGUE TRICOLOR NAS VEIAS

Blu-Raça acompanha o BEC desde 1980

As cores...Ahhh, as cores do meu BEC!

O colorido mais belo do futebol catarinense 

Ser BEC! Viver BEC! Morrer BEC!

O torcedor do Blumenau sempre foi um apaixonado. O sangue nos simples mortais é vermelho, mas no torcedor do BEC, também possui o verde e o branco.

É muito difícil explicar o que significa ser BEC! O torcedor tricolor faz parte de uma tribo de estirpe inabalável. Não importa quando e como, mas ainda vamos lotar e colorir os estádios com as cores mais belas do futebol brasileiro (até os torcedores do Fluminense-RJ concordam).

Vamos acreditar, o BEC vai voltar! Um grito que não cala, breve será ouvido!
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Fotos: divulgação, BEC Manguaça, Becnet, Leandro Izidoro

sexta-feira, 13 de abril de 2012

BLUMENAU NA DECISÃO DE 1988

Jogadores em foto publicada no jornal Dário Catarinense

No dia 17 de julho de 1988, o Blumenau enfrentou o Avaí em Florianópolis. A partida era a decisão antecipada do Campeonato Catarinense.

O time de Florianópolis estava um ponto a frente do BEC na tabela de classificação (12 pontos contra 11). Naquela época, o vencedor somava dois e não três pontos. Bastava uma vitória para o time azurra tornar-se campeão.

Para manter a chance de conquistar o título, o Blumenau precisava vencer e também superar o Marcílio Dias, na última rodada, em partida marcada para o Sesi.

Para o jogo decisivo em Florianópolis, os jogadores do BEC ficaram hospedados no San Remo Hotel, em Balneário Camboriu. No trajeto para Florianópolis, muitos veículos escoltaram o ônibus que levou a delegação ao estádio.

Mais de 15 ônibus saíram de Blumenau transportando os torcedores tricolores. Dezenas também deslocaram-se em carros particulares. O setor do estádio reservado aos blumenauenses ficou lotado.

A Ressacada recebeu o maior público pagante em uma final de estadual. Aproximadamente 30 mil torcedores (entre pagantes e não pagantes) estavam presentes.

Depois de um jogo bastante disputado, o Avaí venceu por 2 a 1 e sagrou-se campeão catarinense. Itamar fez o gol blumenauense, que chegou ao vice-campeonato quando superou o Marcilio Dias (1 a 0) na última rodada.

O vice-campeonato garantiu a vaga na primeira Copa do Brasil que seria disputada em 1989.

Classificação final do Hexagonal

1º) Avaí - 16 pontos
2º) Blumenau - 13 pontos
3º) Criciúma - 12 pontos
4º) Brusque - 8 pontos
5º) Joinville - 8 pontos
6º) Marcílio Dias - 3 pontos

Foto: reprodução/Jandyr Nascimento/DC

quinta-feira, 12 de abril de 2012

BLUMENAU NA BRIGA PELO TÍTULO

Chicão (9) bem marcado por Sarandi (2) e Gilmar Madeira

Ao empatar sem gols com o Criciúma, no estádio do Sesi, o Blumenau assumiu o segundo lugar na classificação do hexagonal final do estadual de 1988. Faltavam duas rodadas e o time do técnico Vail Motta ficou muito perto do título. O jogo seguinte seria com o líder Avaí (12 pontos contra 11 do BEC), em Florianópolis.

Uma vitória contra o time azurra colocaria o BEC com a mão na taça, pois o último compromisso seria contra o lanterna Marcílio Dias, em Blumenau. Como se sabe, infelizmente o triunfo foi avaiano por 2 a 1.

A foto que ilustra nosso texto é do jogo disputado no dia 10 de julho de 1988 contra o Criciúma. Um público superior a seis mil pessoas empurrou o time, mas depois de um duro combate com o Tigre não foi possível sair vencedor.

O Blumenau jogou com Walter, Sidnei, Rogério, Colonetti, Almir, Alaércio, Treze, César Paulista, Itamar (Assis), Chicão e Osmair.

Foto: reprodução Roberto Scola/DC

segunda-feira, 9 de abril de 2012

JOGAÇO NO ESTÁDIO DO OLÍMPICO

Goleiro palmeirense Ismael faz defesa espetacular

No dia 2 de abril de 1975, uma quarta-feira à noite, aconteceu um dos melhores jogos na história do futebol catarinense. Palmeiras e Avaí empataram em um gol no estádio do Grêmio Esportivo Olímpico, em Blumenau.

Os profissionais de rádio rasgaram elogios aos dois times. O Jornal de Santa Catarina afirmou que foi "uma das melhores partidas dos últimos tempos" e O Estado enalteceu o confronto como um "jogo de muita garra e técnica".

As duas equipes lideravam de forma invicta os dois grupos (1 e 2) classificatórios do Estadual. As arquibancadas e as gerais da Baixada estavam lotadas. O Palmeiras, do treinador Válter Vasconcelos, que entrou em campo ostentando um uniforme todo verde (camisas, calções e meias), conseguiu pressionar o adversário durante o primeiro tempo. O Avaí, de camisa branca e calção azul, conseguiu segurar o ímpeto alviverde e também atacou perigosamente.

O Leão da Ilha tinha Veneza, Zenon e Juti. No lado do Verdão, estavam Píter e Afonso, Vavá e Helinho. Finalmente, aos 16 minutos do segundo tempo, Píter abriu o marcador para o Palmeiras. O atacante Juti empatou aos 21. Poucas vezes em sua história o torcedor blumenauense tinha assistido um jogo tão vistoso e de qualidade.

A vitória não veio, mas o torcedor saiu do estádio satisfeito com o desempenho da equipe. Iria pra casa mais alegre caso o árbitro Dalmo Bozzano tivesse marcado um pênalti incontestável em Píter, aos 40 minutos do segundo tempo. Mas seria uma pena alguém sair perdedor.

Um jogo! Um jogão! Um jogaço!

Torcedor que lotou a Baixada saiu extasiado com o jogo
Ficha Técnica
Palmeiras 1 x 1 Avaí
Data: 2/abril/1975
Local: Baixada (Grêmio Esportivo Olímpico) - Blumenau
Motivo: Campeonato Catarinense
Árbitro: Dalmo Bozzano
Assistentes: Alexandre José Lino e Laudino Pedro da Silva (de Itajaí)
Renda: Cr$  65.800,00
Palmeiras - Ismael; Coral, Nelson, Carlinhos e Alcir; Adãozinho e Reinaldo; Píter, Afonso, Vavá (Ademar) e Helinho. Técnico: Válter Vasconcelos.
Avaí - Rubens; Veneza, Jaico, Maneca e Orivaldo; Lourival e Zenon; Ademir (Paulo Roberto), Balduíno, Juti e João Carlos. Técnico: Áureo Manliverni.
Gols: Píter, aos 16 minutos e Juti aos 21 do segundo tempo.

Fonte: O Estado, Jornal de Santa Catarina (fotos), acervo do Adalberto Klüser e Osny Meira

GOLEADAS: PALMEIRAS 6 X 0 AMÉRICA

Uma das maiores goleadas do campeonato catarinense de 1975 foi aplicada pelo Palmeiras sobre o América de Joinville. A partida foi realizada no estádio Aderbal Ramos da Silva, em Blumenau. Os gols foram marcados por Paulo Araújo, Silvinho, Helinho, Reinaldo (2) e Afonso.

O Palmeiras venceu com Tico; Adãozinho (Danilo), Nelson, Carlinhos e Coral, Paulo Araújo, Silvinho; Piter, Afonso, Reinaldo e Slvinho.

O América foi goleado com Raul Bosse; Paulista, Ditão, Expedite e Nelinho; João Carlos e Nenê; Jairzinho (Joceli), Chico Samara, Tonho e Linha.

A arbitragem foi de José Carlos Bezerra, auxiliado por  José Ferreira e Oscar Jorge. A renda não foi divulgada.

terça-feira, 3 de abril de 2012

SETE VEZES VICE-CAMPEÃO CATARINENSE

Brasil foi (quase) campeão em 1932

O Blumenau Esporte Clube, fundado em 1919 como o nome de Brasil, foi sete vezes vice-campeão catarinense. A primeira vez foi em 1927 e a última em 1988. Veja as escalações da equipe em cada partida decisiva:

ESTADUAL DE 1927
15/1/1928 - Avaí 3 x 2 Brasil
Local: Florianópolis
Equipe - Gaúcho, Garcia, Neves, Balsini, Netto, Krepski, Razzini, Natal, Ivo, André Sada e Petrelli.

ESTADUAL DE 1928
3/3/1929 - Avaí 4 x 1 Brasil
Local: Florianópolis
Equipe: Orlando Neves, Victor, Emílio, Guerreiro, Razzini, Krespki, Buhr, Mário, André Sada. Natal, Nico e Probst.

ESTADUAL DE 1932
22/1/1933 - Figueirense 7 x 3 Brasil
Local: Florianópolis
Equipe - Eurico, Marquadt, Dário, Heitor Ferraz, José, Schurmann, Mano, Tico, Artilheiro, André Sada e Leal.
- O Brasil venceu a final por 2 a 1, mas a Federação anulou a partida alegando irregularidade na inscrição do atleta José. Novo jogo foi marcado e o Figueirense venceu por 7 a 3. Curiosidade: o "irregular" José atuou neste segundo confronto.

ESTADUAL DE 1944 - A final foi entre Avaí e Marcílio Dias, mas a Federação homologou o Palmeiras e Marcílio Dias vice-campeões.

ESTADUAL DE 1947
7/3/1948 - Palmeiras 3 x 4 América (Joinville)
Local: Blumenau
Equipe - Oscar, Juca, Schramm, Adalberto, Moacir, Pachequinho, Renê, Meirelles, Nicásio, Augusto e Sadinha.

ESTADUAL DE 1955
20/5/1956 - Caxias 2 x 0 Palmeiras
Local: Florianópolis
Equipe - Juca, Gordinho, De Luca, Lázaro, Zé Gaúcho, Lupércio, Michel, Lazinho, Yeger, Martins e Telmo.

ESTADUAL DE 1988
17/7/1988 - Avaí 2 x 1 Blumenau
Local: Florianópolis
Equipe - Walter, Sidnei, Rogério Gaúcho, Colonetti, Almir, Alaércio, Treze (Assis), César Paulista, Itamar, Chicão e Osmair.

Foto: reprodução Rogério Pires/DC/Blumenau

segunda-feira, 2 de abril de 2012

MEU JOGO INESQUECÍVEL: LUCIANO KOSLOWSKI

Marcelo Vita
Como torcedor do Blumenau Esporte Clube, escolher um ”jogo inesquecível” é quase impossível, já que presenciei vários jogos importantes que de alguma forma marcaram na minha memória.
A fase mais marcante e áurea do BEC (1987-1991) coincidiu com a minha fase de adolescência (12-17 anos) onde muitos são os sonhos e os ideais.
Acompanhava o BEC em noticiários, alguns treinos quando saÍa do Colégio Franciscano Santo Antônio, onde estudava para assistir aos ídolos no período da tarde e sempre que possível as partidas oficiais e amistosas no Aderbal ou no Sesi.
O meu jogo inesquecível ocorreu no dia 11 de novembro de 1990. Assisti Blumenau e XV de Piracicaba (4 a 2) em partida válida pela segunda fase do Campeonato Brasileiro da série B. 
 
Não que fosse um jogo decidindo título, mas imaginava o BEC se classificando para as finais da Série B. Com isso poderia disputar a Série A em 1991 contra os grande times do futebol brasileiro.
Ficha técnica no Diário Catarinense

Imagina o São Paulo de Telê, Raí, Cafú e Muller, que era o mais qualificado time brasileiro na época, jogando em Blumenau? Encarar o BEC e quem sabe sair derrotado com um gol do César Paulista, Walbert ou Suca?
Nos dias atuais qualquer clube almeja estar na Série A ou B em função das perspectivas financeiras da participação nestes campeonatos. Em 1990, o pensamento era apenas participar, muitas vezes a contragosto, pois o Campeonato Estadual era mais importante.
O jogo contra o XV foi a melhor atuação que o Blumenau fez na competição, foi um jogo aberto cujas equipes precisavam da vitória, com grande destaque para os jogadores Marcelo Vita, Celso Luiz e César Paulista.
Rubem Furtenbach (XV) combate Veneza (9) e Marcelo Vita

A vitória manteve o BEC muito próximo da classificação. Como vice-líder precisava de mais três pontos - uma vitória contra o Criciúma em casa na rodada seguinte (ficou 0 x0) e um empate em Campinas contra o Guarani na última rodada (perdeu por 0 x 2).
Infelizmente faltou apoio do público de Blumenau neste campeonato. A partida contra o XV teve aproximadamente duas mil pessoas, quando a diretoria esperava entre quatro ou cinco mil.
Foi uma vitória sensacional! Lembro muito bem que no meu retorno para casa, com meu pai, ouvi uma frase do locutor Eduardo Anusseck, da Rádio Nereu Ramos, no final da jornada esportiva:
“Parabéns ao verdadeiro torcedor do BEC que veio aqui hoje dar apoio e incentivar o seu clube de coração e bem feito para quem ficou em casa e deixou de presenciar ao grande espetáculo que foi este Blumenau 4 a 2 no de XV Piracicaba”.
Fotos: José Werner - JSC (Marcelo Vita); Maurício Vieira - Diário Catarinense (Rubem, Veneza e Marcelo Vita); Ficha técnica e classificação - Diário Catarinense
Texto: Luciano André Koslowski